quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

CAMINHO DE VOLTA!

Quando experimentamos o corpo e suas possibilidades, através de vivências, e não através do trabalho estético, puramente técnico, direcionado para o engrandecimento do ego, experimentamos também, uma sensação de totalidade, em termos de nossa abertura como indivíduos, um ser em comunicação com o mundo. O ideal de comunidade se traduz em estar junto com o mundo, ao invés de simplesmente estar no mundo. Na vivência o objetivo é criar um ambiente de comoção e alegria que estimule a visibilidade de nossos desejos, nos ajudando a expressa-los sem medos ou resistência.
Vivenciar os apelos da alma através da intensificação das emoções e dos sentidos nos ajuda a experimentar a realidade inesgotável da vida, para além de nós mesmos, ou seja, além do ego. Passamos a nos perceber como almas perpassadas pelas forças naturais, ou como conseqüências dos processos da natureza, como seres universais e, portanto, seres pertencentes a este universo.

Tudo o que acontece na natureza é através do movimento, do ritmo. Portanto, a vida é uma dança. O corpo em movimento gera vitalidade, que é energia, energia que é força, força que nos impulsiona e nos impele a irmos além dos limites. Quando nascemos, começamos nosso processo de aprendizagem da vida, assim como quando dançamos, passamos pelo processo de aprendizagem da dança. O corpo aprende a dar os primeiros passos, a dar graciosidade ao andar, que no principio é tosco, inseguro, nos levando muitas vezes ao chão. Nossa vontade de aprender é mais firme do que nossos primeiros passos. Aquilo que vislumbramos sobre a possibilidade de correr em direção ao que almejamos, desejamos, nos impulsiona a levantar e prosseguir; a despeito de quantos tombos levamos. Até que chega o dia que tudo se acomoda, dentro de nós e, magicamente, saímos andando, correndo e pulando. Assim é também aprender a dançar. No começo, movimentos feios, desajeitados. Depois, leveza, sutileza, beleza e forma, e a alegria de perceber o quão alto podemos voar e tudo o que podemos ser através da dança, através do nosso corpo em movimento. A dança é um caminho para se aprender a lidar com o próprio corpo, para descobrir nosso ritmo próprio, nossas emoções e formas de expressividade. A dança envolve a pessoa consigo mesma, com o outro e com o mundo que a cerca. Cada corpo é único e possui uma linguagem única que retrata a vivência interior de cada ser. O corpo fala muito, aos observadores, sobre a personalidade, sentimentos e desejos de cada um. Moldar este corpo, através do movimento, de forma consciente, é trazer a tona processos internos antes desconhecidos por nós. É transformar a partir do corpo, nossa postura diante da vida, desfazendo couraças emocionais, explorando sensações e sentimentos que, através da música e da dança, afloram de nós para o mundo, deixando o enclausuramento obscuro de antes, e tornando-se luz. Valorizar o trabalho com o corpo, através da dança e da música, é mais importante do que se possa crer. É uma busca pelo equilíbrio saudável em todos os níveis, ou seja, físico, psicológico, emocional, espiritual, etc... Nossos corpos estão em crise, pois retratam o caos em que nosso mundo está mergulhado. Nossos corpos são o resultado de um cotidiano autodestrutivo que passa por um processo de desintegração social, vide o arsenal bélico dos países, o número de suicídios, o enorme consumo de drogas e álcool por nossos jovens e ainda, as instabilidades econômicas e as péssimas condições ambientais: poluição da água, poluição atmosférica, alimentos transgênicos e as péssimas condições de vida de diversas populações do mundo. Nosso corpo sofre com as doenças da modernidade, havendo um número elevado de pessoas neuróticas, bipolares e depressivas. O consumo de medicamentos controladores de humor ou antidepressivos nunca foi tão abusivo. Sendo que é cada vez mais precoce a utilização dos mesmos por mulheres na tenra idade. Parecendo ser este o caminho mais fácil, se entopem de medicamentos na tentativa fútil de não sentir dor ou tristeza. Envolvidas pela busca de um padrão de vida e estética, de modos de pensar e ser extremamente exigentes, difíceis de serem seguidos, mas que todos tentam desesperadamente, se encaixar, abandonando seus anseios pessoais, se desassociando de si mesmo e esquecendo de vez, seus desejos íntimos. Daí nascem os distúrbios psicológicos; da negação de nós mesmos, da não realização pessoal, da incapacidade de expressar-se e de ser criativo e produzir. Os valores culturais e sociais dominantes nos devoram diariamente. Por isso encontramos corpos desestruturados, tensos, endurecidos, sem vitalidade. A tecnologia proporcionou à humanidade, grandes benefícios, mas neste processo de exacerbação do que é racional e lógico, tornamo-nos cegos com relação ao nosso próprio corpo, a nossa própria natureza. O corpo é visto como objeto, algo fora de nós mesmos. Dissociado de nossa natureza interna, o corpo é algo que pode ser transformado, modificado e manipulado através de métodos cirúrgicos estéticos. Como fez o Dr. Franckstein; recortamos nossos corpos, tiramos o que consideramos demais, preenchemos o que consideramos de menos e assim seguimos em busca de alguém que está bem longe de ser parecido com nós mesmos, nos distanciando da nossa imagem corporal verdadeira. Construímos nossas formas e beleza, baseados nas tendências da atualidade. Moldamos nossos corpos com silicone, aspiramos as gorduras, desfazemos rugas, enganamos Crono, o deus do tempo. Não queremos envelhecer. Sofremos dolorosamente por negar o que deveria ser visto por nós como dádiva divina; o corpo que temos e as marcas da passagem dos anos sobre ele. Nosso corpo é apenas um adorno, pois vivemos em um mundo onde o que realmente importa é a aparência. Somos um por dentro, e por fora, somos o que cremos que os outros e nós mesmos consideramos esteticamente aceitável. Estamos desconectados de nós mesmos, e precisamos fazer o caminho de volta. Mas, como?
O corpo retrata nossa história e não pode ser concebido a partir de uma visão fragmentada; distanciado do que o habita internamente, ou seja, o próprio indivíduo e o meio em que vive. Facultar ao homem a capacidade de retomar a si a consciência de ser e estar no mundo como pessoas, como corpos que ocupam espaço e influenciam o todo por serem energia, pensamentos, almas. Proporcionar um meio para a auto cura, devolvendo ao corpo o seu poder, o seu direito, de falar; devolvendo ao individuo a capacidade de auto transformar-se, auto-observar-se e compreender seus conflitos internos, resolvendo-os ou aceitando-os. A expressão do corpo através da dança e da música, é um caminho lúdico, suave, uma proposta de retorno, maravilhosamente desafiadora.

domingo, 12 de outubro de 2008

DANÇA - TERAPIA SEM FALA!

Quando nos movimentamos, fazendo e refazendo o mesmo caminho corporal, repetido há milhares de séculos por nossas ancestrais, será que é só a forma física que dança?Pense bem, o que somos? Um conjunto de células, órgãos, moléculas... Sensações, sentimentos, pensamentos... Então, quando nosso corpo redesenha as formas de uma geometria ancestral, temos sensações, lembranças, sentimentos...É incrível como a Racks El Shark (dança do leste), mais conhecida como dança do ventre, consegue soltar, desmembrar, desmanchar para esculpir novamente os corpos que nos formam. Costumo dizer que a dança do leste é uma terapia que começa a partir do corpo. Sem o uso da fala, a estrutura dos movimentos vai imprimindo uma nova dimensão na vida de quem dança.Para muitas pessoas, este processo silencioso através do corpo causa estranhamento. Percebemos as mudanças ocorrendo internamente, modificando nossa freqüência vibracional, o que provoca transformações na nossa maneira de agir, pensar e sentir o mundo. Silenciosamente, à medida que nosso corpo se solta, se desprende de um padrão antigo, as nossas couraças vão aparecendo, resistentes em nos abandonar.Quando temos esta percepção, temos também uma escolha a fazer: continuar a nos oportunizar uma redescoberta, ou ficarmos paralisadas, sem seguir adiante. Estes são momentos que se repetirão inúmeras vezes, dentro do processo de quem dança a dança do leste.Cada bloqueio existente no corpo emocional que encontra o seu correspondente no corpo físico, desencadeará uma crise, um caos, uma barreira a ser vencida.Mas por que isto ocorre? Creio que uma das razões deva-se ao fato de utilizarmos na geometria dos movimentos uma linguagem ancestral ditada pelas formas, ritualisticamente, desenhadas por nosso corpo através da dança - desde a postura, que exige a abertura da caixa torácica, a expansão ou alongamento do chakra solar (altura do estômago) e o encaixe do quadril, que traz de volta para a bacia, sua primordial função de acomodar os órgãos internos. Ora, adotando-se esta postura, um corpo que antes passava a idéia de um Ser contido, agora nos parecerá uma pessoa auto-confiante, aberta para o mundo. Tomada esta postura inicial, damos início à re-apropriação de nosso corpo, aprendendo a isolar os movimentos de cada um dos membros. Isto fará com que cada estrutura física que abriga um dos chakras principais desenvolva sua função. Aprendendo a isolar os membros inferiores (movimentos de pés, pernas, joelhos, coxas, glúteos e pélvis), dos membros superiores (abdome, peito, braços, mãos, pescoço e cabeça), estaremos gerando energia, o que fará com que os chakras correspondentes respondam a este estímulo.
A geometria implícita - Mas, então, qualquer movimento ou dança podem fazer isto?Este é o fundamento de diversas terapias energéticas e corporais. Porém, estamos falando da Racks El Shark. Nela, há um detalhe que faz toda a diferença: "as formas desenhadas." Aqui entra o que alguns denominam de Geometria Sagrada, presente em tudo o que tem vida no universo. Esta geometria, que é a linguagem ancestral para a compreensão da natureza, está implícita na dança do ventre. Nossa compreensão primária sobre o mundo físico está nas formas. Nossos ancestrais desenhavam formas geométricas nas paredes das cavernas, procurando reproduzir o mundo em que viviam. Não compreendiam a matemática, mas sabiam que a lua era um círculo, e assim a representavam em suas esculturas rupestres. Assim sendo, os movimentos da dança não são só técnicos, pois partem do inconsciente para o consciente.Ritualisticamente, desenhamos círculos, movimento marcadamente feminino, de natureza Yin, introspectiva, uterina. Desenhamos retas formando triângulos sobrepostos e quadrados, movimentos Yang, fortes, e que demonstram segurança, dinamismo e poder. Ritualisticamente também, desenhamos ondulações em oito, símbolo do infinito, presente nas formas microscópicas e que lembram as elipses dos átomos de energia - movimento que trabalha a nossa dualidade, os opostos, unindo nosso lado sombra a nosso lado luz.Quando o culto à fertilidade teve início, nos primórdios do período neolítico, provavelmente os povos desconheciam esta ciência, oculta na matemática das formas geométricas. Porém, a prática da dança, aliada ao culto à Deusa-Mãe, fez emergir a sabedoria embutida em seus ritos. E assim, atravessando o tempo, repetimos os mesmos movimentos que fazem surgir das profundezas, qual lótus em meio à lama, a luz mais plena de nossas almas femininas.

Mahaila DiluzzBailarina, coreógrafa e professora de Dança do Ventre e World Dance -Tribal mahailadiluzz@hotmail.com Porto Alegre/RS

VIVER COM ARTE É MELHOR!

Creio ser bem importante sinalizar o que a dança faz com as pessoas. Por isto estou aqui para dar este depoimento. Me sinto extremamente grata por estar intermediando o crescimento e a auto descoberta de pessoas que tem um significado muito especial na minha vida. O que tenho assistido ao longo destes anos, são histórias de mulheres que lutam para serem felizes e que encontraram na dança, uma forma de expressão valiosa que transforma tanto internamente, que é possível perceber em seus semblantes, a diferença que dançar fez em suas vidas. É visível a olhos nus, pois o brilho no olhar destas mulheres, aparece. Vejo felicidade, beleza, brilho, onde antes não havia nada além de um olhar vago de quem vive por viver, ou que apenas sobrevive num mundo que massacra nossos sentimentos, compactando nossas emoções. E a dança abre-nos para um universo de cores, nos fazendo enxergar a beleza de estarmos vivos, pois para dançar é preciso sentir e expressar sentimentos. Então vemos o mundo e a nós mesmos, de forma diferente. Respiramos com mais vontade, abrindo o peito para que o ar finalmente entre de forma consciente, nos fazendo retomar a sensação de viver num mundo mais colorido, cheio de beleza e arte, de criatividade e amorosidade, de união e fraternidade. A arte faz isto com a gente! Pois mesmo o que é doloroso, se tranforma em belo na interpretação artística. Vejo mulheres desabrochando, deixando sua beleza pessoal e intransferível aparecer. Vejo pessoas criando vínculos afetivos, vencendo desafios, reformulando suas vidas, encontrando o seu caminho, nem sempre o da dança, mas através dela. É lindo de ver, me traz felicidade e a certeza de estar no caminho, apesar de ser tão dificil viver de dança neste País! É interessante perceber, no trabalho com o Tribal, que lidamos com outros aspectos, que tocam as pessoas e as transformam em outros níveis, o que a dança do ventre pura e simplesmente, não o faz. Então vejo que para algumas pessoas, a d.ventre funciona tremendamente, mas para outras, o Tribal aprofunda e transforma bem mais. Vejo no Tribal o desenvolvimento do vínculo afetivo, do espírito de grupo e união, acontecer com maior intensidade. Talvez pelo fato de o desafio ser maior, uma vez que trabalhamos com a fusão de diversas danças. Ou pelo fato de a dança ter que acontecer em grupo, de forma harmônica, exigindo que a nossa percepção do outro tenha que estar presente. Esta diversidade de culturas, mescladas numa mesma dança, faz com que a gente desenvolva diferentes aspectos e sentimentos. Ao mesmo tempo que é forte, transpira suavidade, é fogo e terra, permeado por água, ar e éter. A firmeza da paixão declarada do Flamenco e a suavidade da Hula Havaiana. A viseralidade da Dança Afro e a delicada acertividade dos mudras e adavus da Dança Indiana. A ancestralidade da Dança do Ventre e a contemporaneidade do Hip Hop. Tudo isto vivenciado numa única música nos faz transitar de um estado de espírito a outro, de um movimento a outro, de um olhar para outro... É tão holístico, tão contemporâneo, tão atual para uma época onde tudo acontece em tempo real num mundo conectado, um mundo em rede. Isto me lembra também o conceito de Tantra, efeito borboleta, que diz que tudo afeta o todo... Acho que este papo tá ficando muito filosófico, e creio que já tenha declarado esta paixão de forma muito clara. Então convido a todos os que dançam, a compartilhar suas impressões comigo. Aos que não dançam, convido a experimentarem. Procurem qualquer tipo de dança, com quem vocês elegerem, pois o que importa é a experiência. Acredito que todo o discípulo, tem seu mestre certo. Experimentem e verão as transformações acontecerem nos aspectos sociais, afetivos, físicos, enfim... Vá em frente e boa sorte! As vezes nos queixamos por fazermos escolhas que consideramos erradas. Algumas pessoas vem até mim, de outras escolas, se lamentando por terem "perdido tanto tempo". Mas, vejo de forma diferente. Sempre temos o que aprender com as pessoas que passam por nossas vidas. Tudo depende de observarmos melhor para ver que lições importantes aquela pessoa nos deixou. Sejamos mais generosos e gratos.
Viver com arte, é melhor!
Mahaila Diluzz

INTERPRETANDO A MÚSICA SEGUNDO HOSSAM RAMZY

POR HOSSAM RAMZY!!!

Este artigo é um excerto do encarte do meu DVD ‘Rhythms of the Nile/Drumming 4 Belly Dancers’ (‘Ritmos do Nilo/Percussão para Bailarinas de Dança Oriental’) que será lançado no final deste ano. Todavia, avanço com o artigo porque percebo que a procura por este tipo de informação é crescente, a julgar pela avalanche de cartas e e-mails que recebo de bailarinas, e percussionistas de todo o Mundo. É baseado num artigo anterior chamado ‘Estive Lá, Fiz isso, Li o Livro, Vi o Filme e Comprei a T-shirt’, que se encontra disponível no meu site (www.hossamramzy.com).Tendo tocado para bailarinas desde sempre, apercebi-me de algumas regras importantes que “um bom percussionista para bailarinas” deve seguir.Para ser um bom percussionista para bailarinas, deverá entender o que é a Dança Egípcia/do Médio Oriente. A minha regra é a seguinte:“A verdadeira arte da Dança Oriental é visualmente ouvir a música.”2000 © Copyright Hossam RamzyO que é que isto quer dizer? Quer dizer que todo o som produzido numa música DEVE ser traduzido de forma tridimensional através do movimento da bailarina. Por exemplo, se toda a orquestra toca uma frase longa – sendo esta na introdução, no final ou no meio da composição – então a bailarina deve fazer movimentos expansivos no palco e usar mais o espaço disponível do que quando tem um músico a tocar a solo (sozinho).Não vou tentar explicar às bailarinas que movimentos devem fazer ou alguma vez dizer a um percussionista que ritmos, ornamentações ou acentuações ele/ela deve tocar nessas situações. Devem ambos perceber se é um grande som produzido pela orquestra inteira ou um som menor de um solista e atuar de acordo com essa situação.Esta regra trouxe luz a um estudo importante que tenho feito sobre tradução musical e que me tem levado a questionar-me “Como deve uma bailarina traduzir a música?” E sinto que muitas bailarinas, percussionistas e músicos também querem descobri-lo. Pensando um pouco sobre isto... Agora que TODOS chegamos à conclusão que é NOSSO DEVER educar o PÚBLICO, mostrando que a Dança Oriental não é uma forma barata de striptease, devemos também informá-los sobre isto.Isto levou-me à descoberta de uma simples, mas poderosa, fórmula artística e científica para a interpretação musical:E = E em tamanho e direção. 2000 © Copyright Hossam RamzyO que é o 1º “E”?É o som da música que você ouve. Seja de orquestra ou solista.O que é o 2º “E”?É o movimento que a bailarina faz em resposta ao som da música, que deve ser igual a este em extensão e tamanho. Deve também mudar de direção sempre que o som da música sofre a mínima alteração. Para consegui-lo a bailarina deverá entender como as peças musicais são construídas. Em baixo está uma breve descrição da estrutura da música e de como deverá ser interpretada pela bailarina.Enquanto percussionista, se você entender isto será capaz de compreender o que se espera da bailarina e, como consequência, saberá entre que tipo de sons poderá optar livremente quando está a tocar para uma bailarina.Em qualquer composição musical temos quatro camadas básicas:* Ritmo* Melodia* Frase de orquestra* HarmoniaVejamos uma de cada vez:Ritmo:Bailarinas e percussionistas já devem saber bastante acerca disto mas, caso contrário, deverão ler a primeira parte do encarte do meu DVD. Melodia:Melodia é o som que deriva de notas musicais tocadas uma depois da outra, numa sequência com um arranjo específico, com espaços de tempo entre cada nota de forma a criar uma frase musical.No estilo musical egípcio e em muitos outros, a melodia é dividida e criada sob forma de pergunta e resposta (P&R). Um solista fará a pergunta e a orquestra tocará a resposta ou vice-versa. Dependendo do tipo de instrumento que faz a pergunta, as bailarinas podem e devem prever que tipo de movimento farão. Dividi os instrumentos solistas em três famílias e passo a explicar:a. A família Nay:A família Nay inclui a flauta Nay e Kawala. Se deseja ouvir o som destes dois instrumentos, achará um bom exemplo no CD ‘Master of the Arabian Flute’ EUCD 1852, disponível no meu site www.hossamramzy.com.Quando a flauta Nay ou Kawala tocam, fazem principalmente um som longo, como um fôlego, por vezes assombroso, que é normalmente lento e linear na sua forma. Por vezes, quem toca Nay ou Kawala pode tocar rápido, separando notas, mas normalmente são instrumentos tocados de forma lenta. Então, esperamos ver a bailarina a executar movimentos lentos, alongados, ondulados e utilizando a altura, por vezes movimentos de braços abertos (“estilo - saudando os deuses no céu”) ou talvez até ajoelhando-se no chão enquanto o faz.Ninguém espera ver uma bailarina a fazer shimmy ao som de um solo de Nay ou Kawala, a não ser que o músico esteja a tocar rapidamente, dividindo notas.Então, quando tocar tabla para uma bailarina durante um solo de Nay ou Kawala, por favor opte por fazer o mínimo possível de ornamentos e pequenos truques, pura e simplesmente mantenha os ritmos.B. A família do Alaúde/Qanun:O Qanun é um instrumento com 87 cordas agrupadas em grupos de três. Faz um som “trrrrrrring” de cada vez que toca nas cordas. Por isso, se uma bailarina está a traduzir este som corretamente, deverá estar a fazer shimmy de forma a visualmente traduzir esse som para nós.Como percussionista, deverá manter tudo o mais simples possível durante o solo de qanun, ornamentando no final de grupos de quatro e continuando a marcar o ritmo de forma segura mas atraente, deixando que o solista tenha algum espaço para respirar. Este é o solo dele, não o seu.C. A família do meioVários outros instrumentos pertencem a esta imprevisível família. Podem ser tocados em legato, lentamente ou com sons longos, assim como em staccato, com sons curtos. Os instrumentos seguintes pertencem a esta categoria:* Violino*Acordeão* Mizmar* Saxofone* Trompete* Sintetizador/Teclado – Este é um piano electrónico que pode simular os sons de vários dos instrumentos acima referidos ou sintetizar sons parecidos ou completamente diferentes.Espera-se que a bailarina execute os movimentos de acordo com o som de cada um dos instrumentos acima referidos e a execução do solista. Se ele faz um som, ela move-se numa direção com ele. Se ele muda de som de uma nota para a outra, quer seja forma RÁPIDA ou LENTA, ela deve mudar de direção cada vez que ele mudar de notas.Isto é o que E = E em tamanho e direção 2000 © Copyright Hossam Ramzy quer dizer.A expressão “ESTA MÚSICA, TOCA-ME”... é um exemplo disso mesmo. Nada mais, nada menos.Pode ou não saber, mas sempre disse isto... Já vi mais bailarinas do que as que existem hoje no Planeta. O único tipo de bailarina que respeito é a que dança a música e a retrata a 100%. De outra forma não é dançar. É outra coisa qualquer para a qual não tenho nome.Muitas bailarinas me têm perguntado: “O que pensa do estilo de Dança Oriental de (um qualquer país)?” A minha resposta é sempre:* "Esse ‘suposto estilo’ retrata a música a 100% de uma forma 3D?”* “TODAS as bailarinas desse país dançam o mesmo estilo?”Se a resposta é não, então não penso nada sobre o estilo da dança nesse “país” e esse suposto estilo não pode ser apelidado como estilo do que quer que seja. Nem mesmo no Egito. Tenho visto bailarinas no Egito, cuja dança nada tem a ver com a música que deveriam estar a dançar.No entanto, voltando ao assunto do momento que é: Compreender o que o percussionista espera de uma bailarina. Gostaria de acrescentar que, cada vez que um destes instrumentos é tocado a solo, como percussionista que é, deve esperar que a bailarina exprima o som de UM membro da banda, dançando de forma a utilizar menos espaço do que com a ORQUESTRA TODA, não utilizando o palco para criar grandes movimentos com formas expansivas. Isto é o que faz a diferença ao criar uma forma 3D do som de uma música.A regra é simples: E = E em tamanho e direção. 2000 © Copyright Hossam RamzyQuando a ORQUESTRA INTEIRA está a tocar, é esperado que a bailarina utilize uma área maior do palco e que crie grandes ondas de movimento, fazendo a sua coreografia parecer tão grande como o som da orquestra.Quando um solista está a tocar, a bailarina deve fazer o oposto. O mesmo se aplica ao percussionista. Quando a orquestra inteira está a tocar, abra a sua performance, floresça com grandes movimentos e acentue as grandes acentuações da orquestração. Dê apoio à bailarina nos seus grandes movimentos. Quando o solista toca, então recue bastante. Mantenha a métrica do ritmo-base. Faça os floreados apenas no final da frase e faça O SOLISTA parecer ESPECTACULAR para a bailarina e para o público. Certifique-se que a bailarina tem a oportunidade de apreciar o solo e, em contrapartida, ela apresentará um momento inspirador através dos seus movimentos. Isto ajudará a bailarina a fazer menos, uma vez que VOCÊ é o seu guia de volume dos movimentos. Resumindo: deve ajudar a criar a magia para que faça parte da magia.Se não o fizer, a sua performance (por melhor e mais encantadora que possa ser) será uma distração para a bailarina e para o público. Ela não estará concentrada no som do solista e tudo vai parecer uma confusão. Enquanto Tabbal, o seu papel é simples e claro. Mantenha o ritmo e a métrica, para que os músicos possam tocar a música por cima. Desta forma, a bailarina vai entender a música e o ritmo e será capaz de traduzir isso em 3D. Quão rápido consegue tocar esta ou aquela peça musical é irrelevante. Nós sabemos que consegue. De que forma consegue tornar aquela música complexa é um problema seu.Mantenha o ritmo e a métrica da música. Este é o papel do percussionista.Como percussionista vai perguntar PORQUÊ? Bem, sabe, o solista vai tocar dentro e fora de tempo, vai alongar ou encurtar uma nota e levanta vôo numa viagem enquanto aprecia o momento e a forma 3D do seu som produzida pela bailarina. VOCÊ é aquele que diz a AMBOS (solista e bailarina), assim como ao resto da orquestra: Aqui está uma versão maravilhosa de 1,2,3,4 do ritmo, mas olhem para a bailarina... Como ela interpreta o solo tão bem... E agora: AQUI é quando o solo acaba e AGORA é o início da próxima frase que deve tocar.O papel da bailarina é dizer ao público com os seus movimentos:* Isto é o som da ORQUESTRA INTEIRA em 3D.e* Isto é o som do SOLISTA em 3D.Você é o arquiteto desta imagem. Diz a TODOS, orquestra, solistas, bailarina e público:* Este é o tamanho de cada parte da música.* A escala deste mapa é ....e* É VOCÊ (o percussionista) que traduz esse mapa para todos eles e fá-los entender a dimensão da pirâmide de som que está a ser criada.Se uma bailarina sente que precisa praticar a tradução dos vários sons dos diversos instrumentos a solo, de forma a entender as várias formas que existem de um solista tocar, para isso produzi dois álbuns:- ‘Source of Fire’ EUCD 1305 &- ‘Secrets of the Eye’ EUCD 1554de forma a apresentar as diversas maneiras de interpretar estes instrumentos e ajudar as bailarinas a acostumarem-se a eles em performance.Agora pode perguntar-me:O que deve a bailarina fazer durante as Respostas de Orquestra, na parte de Pergunta & Resposta da melodia?É o dever da bailarina retratar a diferença entre os sons na música. O solista está a tocar a sua frase e depois a orquestra responde-lhe. Aqui é altura em que a bailarina deve fazer movimentos maiores de acordo com a frase melódica da resposta da orquestra de forma E = E em tamanho e direção. 2000 © Copyright Hossam RamzyIsto é para refletir, retratar e 3DIMENCIONALIZAR 2000 © Copyright Hossam Ramzy essas respostas. No entanto, movimentos nas respostas não devem ser tão grandes como aqueles feitos durante o LAZMAH, as frases de orquestra depois da P&R da melodia.Deverá ser maior que o movimento para o solista e exprimir a diferença de sons através do movimento.Então o que é o Lazmah? É uma frase de orquestra/orquestração. Seja curta ou longa.3. Frases de orquestra, O LAZMAH:Estas frases ocorrem no início de uma composição; ou no meio, entre estrofes; ou ainda para responder ao solista numa P&R entre solista e orquestra ou até entre um solista e outro. Como quando, por exemplo, a Nay pergunta e o Qanun responde.Se o Lazmah está a ser tocado pela orquestra inteira em uníssono ou com vários arranjos pelas várias secções da orquestra (e, claro, dependendo do tamanho da orquestra), a bailarina deve assumir a totalidade do palco ou a parte dele que tem disponível. Este é o momento da composição em que a bailarina tem total liberdade para explorar o espaço e para criar grandes movimentos, que retratem o som musical criado por um grande número de músicos.4. Harmonia:Harmonia é um som musical que segue a melodia principal. É tocada como segunda ou terceira camada de som, seguindo de perto e em paralelo a melodia. Por vezes, a Harmonia pode movimentar-se contra ou em oposição à melodia principal (musicalmente falando) para criar profundidade no som e produzir a diversidade extra que pode ser chamada de “Contra-Harmonia”. Mas não compliquemos as coisas mais do que necessário.Os músicos não esperam que as bailarinas traduzam a harmonia. No entanto, quando a harmonia conquista e se sobrepõe à melodia, de tempos a tempos, numa peça de música, a bailarina deve tomá-la como parte principal da música a ser traduzida e apresentá-la ao público.Um excelente exemplo de seguir a harmonia está claramente expresso no nosso DVD ‘Visual Melodies’ 2000 © Copyright Hossam Ramzy. Na música ‘We Maly Bas’.Aqui, na repetição da segunda estrofe, fiz com que os violinos espelhassem o solo do qanun e tomassem conta do som. Nessa altura, Serena coreografou a orquestração da harmonia e retratou-a de forma a torná-la a parte principal da melodia na repetição da segunda estrofe. Depois, quando o solo volta com o qanun, Serena voltou a assumir o E = E 2000 © Copyright Hossam Ramzy.A composição musical 100% retratada e 3 Dimensionalizada. 2000 © Copyright Hossam RamzyTendo explorado vários tipos de traduções musicais que os músicos podem esperar da bailarina, esta questão veio-me sempre à ideia: “Como devem os músicos apoiar as bailarinas durante a sua performance?”Pessoalmente, acredito que é MEU DEVER como percussionista fazer com que cada frase rítmica seja compreensível para a bailarina e para a orquestra (incluindo os solistas) assim como para o público. Tenho de fazer com que TODOS eles saibam onde está cada compasso na música e onde vai começar o próximo grupo de quatro compassos. Previsibilidade é o melhor meio de garantir que todos sentirão o mesmo entusiasmo.Música para dançar é criada em grupos de 4 compassos. Mesmo que o ritmo não seja em 4/4, as frases musicais mudam ou repetem-se em grupos de quatro. Ocasionalmente podem ser em grupos de dois ou com um compasso extra, mas isso não é comum e é feito para acrescentar uma frase complementar, que faça sobressair o significado ou acrescente um final ao som anterior.É tarefa do percussionista manter o tempo do ritmo e informar todos os elementos da banda, incluindo a bailarina, onde as mudanças musicais devem acontecer. Em Árabe, o percussionista é CHAMADO ‘Daubet Al Iqaa’ – “O controlador da pulsação e das batidas na música”. Por isso, faça o seu trabalho. Maravilhosamente.A dança é “O último instrumento da banda”.O percussionista deve criar uniformidade – som musical caracterizado por regularmente produzir acentuações – para a orquestra sobrepor as suas melodias, dentro e fora da uniformidade. Uma vez atingido isto, ele/ela tem permissão para criar ornamentações no ritmo e acentuar os vários passos estéticos da bailarina enquanto esta 3 Dimensionaliza 2000 © Copyright Hossam Ramzy a música.As bailarinas produzem as mais variadas formas e acentuações com os seus movimentos, divididos em várias contagens e de acordo com o número de batidas no compasso de ritmo da música.Espera-se que o percussionista realce ainda mais a força da bailarina quando esta faz as suas maiores acentuações. Ele/ela pode acentuar com um ‘slap’ (sakkah) ou, se for numa parte suave da música, através de um ‘tick’.Nas partes da orquestra, como a introdução, pessoalmente gosto de tocar da forma mais uniforme possível, mantendo o ritmo limpo e claro e colocando decorações apenas onde a música o exige. Isto mantém a frase compreensível a todos os membros da banda e garante que, quando quero adicionar algo extra, como um rufo ou uma frase decorativa, vai ser ouvido e apreciado. Depois da grande introdução vem a secção de pergunta e resposta. Nesta parte, gosto de perceber profundamente a pergunta e a resposta e também a intenção do compositor, se não for eu. Gosto de saber primeiro de tudo:Quem está a fazer a pergunta? É o solista ou a orquestra?Quem está a responder? É o solista ou a orquestra?Que solista está a tocar? É Nay? Acordeão? Violino? Qanun? Trompete? Saxofone? Teclado? Alaúde?Quão longa é a pergunta? E quão longa é a resposta? Preciso preencher alguma lacuna que é deixada na pergunta ou na resposta?Sendo a pergunta longa ou curta, vai perceber que a resposta completa um ciclo de ritmo para aquela pergunta. Se não, tem licença para completá-lo. Mas faça-o com sensibilidade. Faça com que TODOS (orquestra, solista, bailarina e público) percebam quando a próxima frase supostamente deve começar.Presto muita atenção ao fato de ter de respeitar o espaço do solista e deixar-lhe espaço suficiente para ser criativo enquanto, ao mesmo tempo, lhe dou o ritmo para que toque sobre este. Nunca tento sobrepor-me ao seu improviso só porque este me enche de alegria. Quando a orquestra responde com a secção de resposta, eu devo indicar e acentuar isso tocando o ritmo mais forte ou fazendo algumas decorações suaves. Verá que as secções de pergunta e resposta da música acontecem em grupos de quatro. Quatro perguntas e respostas, possivelmente quatro vezes. Os percussionistas têm de tornar claro para a bailarina qual das duas é a última. Além disso, terão de saber indicar à bailarina qual a última frase do grupo de quatro que ela está a dançar.Por isso, para o percussionista também é E = E. 2000 © Copyright Hossam RamzyQuando a orquestra está a tocar uma grande introdução ou uma frase do meio, você toca forte, as suas decorações são maiores e toca mais alto (mas não insuportavelmente). Quando é a parte do solista, você toca mais calmamente, de forma a deixar espaço para o solista. Está apenas a marcar o ritmo para o solista e a bailarina, mantendo a uniformidade e a precisão.5. Primeira estrofe:Isto será então a primeira estrofe (na canção e música árabe é chamada Math-Hab {o (Th) aqui pronuncia-se como DE}. Na gíria egípcia, é conhecida como MazHab, que quer dizer o começo ou a abertura da canção) ou, se for uma composição para dança, será a primeira mudança para outra parte, que podemos tratar como estrofe. O que se espera então? Espera-se outra versão de P&R entre solista e orquestra. E lidamos com isso tal como na secção da MELODIA. Isto porque numa canção, normalmente, o cantor canta parte de uma linha e a orquestra responde-lhe. Portanto é ao estilo P&R.6. Segundo Lazmah:Tenho mesmo de voltar a explicar?6a. Outra forma:Depois da primeira estrofe a música pode não ir diretamente para outro Lazmah, pode ir diretamente para outra forma, tal como uma mudança de ritmo, uma mudança total de cor (como, por exemplo, de um som clássico para uma frase Saidi ou para outro estilo totalmente diferente). Isto depende do compositor.7. Segunda estrofe:Numa canção, depois do Lazmah chega a segunda estrofe, que é também outra P&R. Por isso, trate-a como tal.Depois pode surgir outro Lazmah seguido de estrofe. E depois o final da canção ou, numa composição de dança, descobriremos outra cor e uma mudança total na ordem, seguida de outra mudança, até chegar a uma quebra na música para introduzir um Baladi Taqasim (Improviso Baladi) ou um Drum Solo (solo de percussão). E depois o final que está relacionado com a primeira introdução musical... As possibilidades são infinitas.Mas sabe?... Uma performance excelente é um ESFORÇO DE GRUPO e não um espectáculo de uma pessoa só. Tanto a bailarina como o percussionista devem saber o que é suposto cada um fazer. Se toca percussão ou dança de forma a fazer com que você, e apenas você, pareça bem, acabará por revelar-se o desajustado do grupo.O MELHOR PERCUSSIONISTA É AQUELE QUE OUVE.A MELHOR BAILARINA É AQUELA QUE OUVE.Com muito ritmo como sempre,Hossam Ramzywww.hossamramzy.com

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

WORKSHOP DE ESTILO TRIBAL COM MAHAILA DILUZZ

PROGRAMA:
Sequências de:
- Adavus (movimentos de pés) e Mudras (movimentos de mãos e braços) da D. Indiana;
- Flamenco – movimentos de mãos e braços, postura, deslocamentos e giros;
- Passos básicos de Tango, adaptados ao estilo tribal;
- Movimentos de D. Afro;
- Clareando conceitos e respondendo dúvidas sobre Tribal.

QUANDO: Dia 8 de Novembro
HORARIO: Das 14h as 18h
ONDE: Rua César Lombroso, 125/303
Bairro Rio Branco / Porto Alegre/RS

INVESTIMENTO: Até dia 20 de Outubro = R$ 60,00, após R$ 70,00

AS VAGAS SÃO LIMITADAS, APENAS 6 PESSOAS.
ENVIE UM E-MAIL OU LIGUE PARA O TELEFONE ABAIXO, E DEPOSITE O VALOR DO WORKSHOP:
BCO. BRADESCO
– AG. 2603-4
– C.POUP. 10395-0
– PARA CREDITO DE DILUZ NOVELI VIEIRA.

AS INSCRIÇÕES ENCERRAM DIA 5 DE NOVEMBRO E SÓ SERÁ CONSIDERADA, MEDIANTE DEPÓSITO BANCÁRIO:

INFORMAÇÕES:
Fones 51.3026.5871 / 9366.4325

mahailadiluzz@hotmail.com
www.mahailadiluzz.multiply.com

Eu, um corpo que dança!

É assim que hoje me defino... Sou um corpo que dança! Durante anos procurei, como muitas pessoas, alguma coisa com a qual me identificasse. Fiz muitas coisas nesta trajetória. Viví muitas vidas, sendo em cada uma das etapas, uma pessoa totalmente diferente do que sou hoje e, provavelmente, do que serei amanhã. Estive em áreas administrativas, burocráticas, vendas, humanas, esotéricas, enfim... Porém, uma coisa sempre me acompanhou neste tempo todo. O corpo em movimento. Sempre gostei de dançar, me expressar, de música e arte, de criações e nterpretações. Aprendi com isso que dançar era parte de meu ser. Amo a arte de interpretar, de passar emoção, de contar histórias com o corpo. Meu corpo em movimento, me ensinou a ser quem sou. Fez com que eu me reconhecesse como pessoa, como mulher, como alguém que contribui de alguma forma para a construção de um mundo melhor. Através do corpo, minha espiritualidade se desenvolveu, melhorando minhas formas também nos corpos sutis. Sentir o que a música que te escolheu para ser dançada, revela ao seu coração, e criar os movimentos que farão com que o público também possa sentir esta emoção, é magia pura, alquimia de quem transforma através da arte e torna mais feliz e prazeirosa a vida de seu semelhante. É assim que vejo a dança, é assim que ela age em mim, é isso que procuro passar ao público que me assiste e também as minhas alunas, aprendizes da arte, como eu sempre serei, interprete de vida!